Netanyahu aplica em Jenin o plano de uma PALESTINA SEM PALESTINOS

26/01/2023

Ação genocida das forças de ocupação de Israel fizeram hoje, no campo de refugiados de Jenin, na cidade palestina de mesmo nome, na Cisjordânia ocupada, nove mortos, uma anciã dentre eles, mais de 20 feridos, quatro em estado grave, demolições. Uma reprise do Massacre de Jenin de 2002, quando o mesmo campo de refugiados foi cercado de 3 a 11 de abril, sem direito a socorro médico, água, comida ou eletricidade, nem ao recolhimento dos mais de 200 cadáveres espalhados por suas ruas.

Seria apenas mais um crime de guerra de Israel na Palestina. Ainda que isso seja a identidade real de Israel e de seu projeto colonial, de limpeza étnica, realizado por um regime de apartheid, estamos diante de um aviso de Netanyahu e de seu gabinete, que conseguiu a façanha de ser considerado o mais extremista da história israelense. É como se na Alemanha houvesse gabinete superando o de Hitler.

Em Israel, desde seu nascedouro sobre os escombros e cadáveres palestinos, nenhum de seus dirigentes é melhor ou pior quando o assunto é a limpeza étnica na Palestina. O processo foi iniciado pela “esquerda” israelense, com sua “direita” também o executando, até que esta chega ao poder, em 1977. De lá para cá, nada mudou para o povo palestino no farsesco revezamento no poder entre estes dois polos do projeto colonial sionista.

Entretanto, Netanyahu, auxiliado pelo que há de pior na humanidade, como Itamar Ben-Gvir (ministro da Segurança Pública, do partido fascista Poder Judeu) e Bezalel Smotrich (Sionismo Religioso, partido que pede a eliminação dos palestinos), radicaliza o processo em busca de uma SOLUÇÃO FINAL para a Questão Palestina, conforme preconizado desde o início da empreitada euro-judaica na Palestina.

Não por acaso, o pai de Netanyahu, Benzion Netanyahu, foi secretário particular de Vladimir Jabotinsky (1880-1940), que fundou, sucessivamente, a Legião Judaica e o Irgun (grupo terrorista executor da limpeza étnica palestina) e liderou os chamados “sionistas revisionistas”, que defendiam aberta e publicamente uma Palestina sem palestinos e apenas para judeus. Mais do que isso: Jabotinsky foi o arquiteto de aliança sionista (1921) com os “nacionalistas integristas” ucranianos, que defendiam as mortes de russos e, paradoxalmente, de “judeus” em toda a Ucrânia.

Alguns dos grandes arquitetos dos crimes na Palestina, como Menahem Begin e Ariel Sharon (ordenou o massacre em Jenin em 2002), eram sionistas revisionistas” e Israel hoje volta a ser governada por um deles, Benjamin Netanyahu, líder dos dois milhões de israelenses que, estima-se, sejam seguidores de Jabotinski e de suas ideias fascistas.

Os massacres em Jenin, portanto, em 2002 e agora, não resultam de acontecimentos isolados, mas integram um meticuloso processo de limpeza étnica integral e tomada de toda a Palestina, defendido pela ala mais radical e fascista do sionismo, hoje novamente no poder em Israel e aplicando seu projeto original, o de uma PALESTINA SEM PALESTINOS.

Mas podemos assegurar, por outro lado, que tal qual a tomada da Palestina em 1947/49 e o esvaziamento de seu povo fracassou, seja pela heresia do projeto fascista dos sionistas, seja pela resistência heroica do povo palestino, a atual escalada com o mesmo fim seguirá o mesmo caminho, até a libertação final da Palestina e o fim do obsceno regime de apartheid de Israel.

Por fim, a Comunidade internacional precisa assumir suas responsabilidades e parar Israel e sua máquina de morte. A impunidade de Israel poderá levar a humanidade a nova conflagração mundial, reprisando o que os fascistas de ontem, porque tolerados, impuseram. Os sionistas de hoje são seus filhos e na Palestina NÃO PASSARÃO!

Palestina Livre a partir do Brasil, 26 de janeiro de 2023, 75º ano da Nakba.

Notícias em destaque

29/11/2023

Palestina vive genocídio maior que o da 2ª Guerra Mundial

Em 50 dias de matança na Palestina, a palavra genocídio saiu da masmorra [...]

LER MATÉRIA
22/11/2023

Cessar-fogo não pode ser o interlúdio do genocídio palestino.

O que é um “cessar-fogo temporário”? Um intervalo no genocídio [...]

LER MATÉRIA
12/11/2023

As ambições extremas dos colonos na Cisjordânia

Por Isaac Chotiner Durante décadas, Daniella Weiss foi uma das lideranças [...]

LER MATÉRIA
08/11/2023

FEPAL vai ao MPF contra Carla Zambelli por incitação ao extermínio do povo palestino

A Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL) protocolizou, hoje, 08, uma [...]

LER MATÉRIA
07/11/2023

ARRECADAÇÃO PARA OS BRASILEIRO-PALESTINOS DE GAZA

34 brasileiro-palestinos são reféns de “israel” em Gaza em meio [...]

LER MATÉRIA
03/11/2023

Motivos para Brasil e o mundo romperem com o “israel”

O Brasil e o mundo não podem seguir fazendo de conta que o regime sionista [...]

LER MATÉRIA