Comunidades palestinas no Brasil se mobilizam para a Nakba 74

12/05/2022

Em 2021, mesmo com limitações mais rígidas da pandemia, atos foram realizados em inúmeras cidades do país, como São Paulo/SP (Foto: Lina Bakr / Monitor do Oriente)

Neste próximo domingo, dia 15, relembramos os 74 anos da Nakba – a catástrofe, data que marca a expulsão de pelo menos 750 mil palestinos de suas terras, em 1948, pelas milícias de europeus sionistas que fundaram ilegalmente o estado de Israel.

Todos os anos, na Palestina e em vários pontos do mundo, palestinos e simpatizantes da causa promovem atos públicos para reivindicar o fim da ocupação militar e cobrar de autoridades e organismos internacionais medidas efetivas para barrar os crimes de lesa-humanidade de Israel.

As manifestações deste ano serão marcadas também por pedidos de justiça para Shireen Abu Aqla, jornalista palestina que foi brutalmente assassinada, ontem (11), pelo exército de Israel.

Aqui no Brasil, os atos estão sendo organizadas pela FEPAL, por outras entidades e grupos ligados à causa, como a Juventude Sanaúd, e pelas próprias comunidades palestinas espalhadas pelo país.

Israel fora da ONU já!

Na programação deste ano, a FEPAL reforçará sua campanha “Israel fora da ONU já!”, lançada no último dia 18 de abril.

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Na nota pública de lançamento, a FEPAL enumera os principais motivos pelos quais Israel tem de ser excluído da Organização das Nações Unidas por historicamente rejeitar as resoluções da própria entidade e de todo o direito internacional aplicáveis à Palestina.

Às inúmeras ilegalidades jurídicas e crimes, soma-se também a recente escalada da violência contra os palestinos em Jerusalém, com o confisco de terras e a demolição de casas, e mais recentemente os brutais ataques a fiéis cristãos e muçulmanos durante as comemorações da Páscoa e do mês sagrado do Ramadã.

Este ano ainda, mais um organismo internacional de direitos humanos, a Anistia Internacional, classificou o regime de segregação racial e controle de Israel contra os palestinos como apartheid – juntando-se a outros órgãos humanitários com o HRW e o B’Tselem.

Confira como foi a programação da FEPAL na Nakba 73

Para o presidente da FEPAL, Ualid Rabah, está na hora de a população brasileira começar a enxergar a situação da Palestina e o drama de seu povo para além das ideologias e dos mitos criados em torno da ideia de “Terra Prometida” ou da imagem de prosperidade e estabilidade que a imprensa hegemônica no país vende sobre Israel.

“Respeitamos a fé e as concepções de mundo de todos – cristãos, judeus, muçulmanos, evangélicos, todos –, mas isso não pode servir para legitimar um Estado criminoso e supremacista que promove um verdadeiro massacre contra a população originária da região, a palestina, em prol de um projeto colonial que não tem nada de religioso”, avalia. “Tem a ver com dinheiro, poder e influência”.

Em agendas recentes por Porto Alegre, Bagé e Santana do Livramento, Ualid vem divulgando a campanha para a exclusão de Israel da ONU e buscando aliados que possam promover ações de apoio em espaços legislativos e também entre a sociedade civil.

“Neste momento de tantos desafios, internos e externos, o Brasil precisa mostrar que é contra qualquer ideal supremacista, que é contra o racismo e intolerância religiosa, que é contra todo tipo de retrocesso”, disse. “O Brasil precisa mostrar que é contra o apartheid”, pontua. “E por isso convidamos todos e todas a se juntarem a nós nos atos em memória da Nakba neste dia 15 de maio”.

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