FEPAL debate migração, racismo e xenofobia no Fórum Social das Resistências

Vice-presidente da Federação, Fátima Ali, participou de encontro com imigrantes, ativistas e representantes de movimentos sociais

24/01/2020

Em sua fala, a vice-presidente da FEPAL ressaltou o racismo sofrido pelos palestinos desde a Nakba

A vice-presidente da FEPAL, Fátima Ali, participou na manhã de hoje do encontro “Convergência das Migrações: Contra o Racismo e contra a Xenofobia”, parte da programação do Fórum Social das Resistências, que ocorre em Porto Alegre até amanhã (25). A atividade, realizada no auditório do Ministério Público Federal do RS, reuniu acadêmicos, ativistas e representantes de movimentos sociais e coletivos.

Em sua fala, Fátima analisou brevemente o atual contexto político de retrocessos nas garantias dos direitos humanos e reforçou a importância da mobilização por representatividade e respeito. “Falar sobre a Questão Palestina é falar do projeto de resistência de um povo, seja nos territórios palestinos ocupados, seja como migrantes ou refugiados. Saímos da situação de um povo quase destruído, em 1948, nos organizamos no mundo todo e passamos a ter voz e reconhecimento”, disse.

Vice-presidente da FEPAL destacou a resistência do povo palestino nos territórios ocupados e em diáspora pelo mundo

Para ela, a resistência da população palestina ao processo de limpeza étnica conduzido pelo Estado de Israel pode servir de inspiração a migrantes e grupos étnicos de outras regiões na luta por dignidade. “Na Palestina, temos convivido com o racismo desde a Nakba, e no Brasil e outros países também, um preconceito que se manifesta numa grande confusão sobre religião e identidade”, observou.

Imigrante de Guiné Bissau e estudante da UFRGS, Vanito Ianium Vieira Cá, falou sobre os desafios de integrar-se à sociedade e ao Estado brasileiro, questionou a narrativa da “crise imigratória” arquitetada pelos países hegemônicos e enfatizou o papel de ações de combate à violência e à desigualdade para atacar o racismo e a xenofobia. Alessia Dro, do movimento das mulheres do Curdistão, destacou a importância do feminismo e de uma rede de solidariedade entre América Latina e Oriente Médio para a construção de um mundo mais tolerante às diversidades.

Participaram ainda representantes do Fórum Permanente de Mobilidade Urbana, do Fórum das Migrações da UFRJ POSCOM/UFSM, do Conselho Federal e Regional de Psicologia e de associações de imigrantes. A moderadora foi Catalina Revollo Prado, do Colectivo La Clandestina. O Instituto Parrhesia também auxiliou na organização do encontro.

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