Suprema Corte de Israel apoia radicais contra o Patriarcado de Jerusalém
10/06/2022Sede do Patriarcado de Jerusalém foi atacada por extremistas israelenses nesta mesma semana
Na última quarta-feira (8), o Supremo Tribunal de Israel emitiu uma decisão rejeitando as últimas tentativas do Patriarcado Ortodoxo Grego de Jerusalém de anular uma decisão de julho de 2017 que validava a expropriação de suas propriedades no Portão de Jaffa (Bab Al-Khalil) em favor da organização radical israelense Ateret Cohanim.
A entidade religiosa trava uma batalha legal para tentar reverter esta situação há 17 anos.
Em nota, o Patriarcado de Jerusalém considerou a decisão do tribunal injusta, ilegal e ilógica, já que a organização radical e seus apoiadores seguiram métodos fraudulentos para adquirir imóveis cristãos em um dos locais mais importantes das culturas árabes islâmica e cristã na Cidade Sagrada.
Nos últimos anos, o Patriarcado lançou uma dispendiosa campanha jurídica, midiática e diplomática para pressionar as autoridades israelenses a impedirem que organizações radicais tomassem essas propriedades. As tentativas, no entanto, sob constante pressão contrária dessas frentes radicais e de seus agentes aos órgãos decisórios, não foram bem sucedidas.
O Patriarcado afirmou que continuará apoiando os inquilinos palestinos em sua resistência nessas propriedades (localizadas especialmente na Cidade Velha), e que é inabalável em sua batalha para conter a política racista e a agenda da extrema-direita em Israel, que visa erodir as múltiplas identidades de Jerusalém impondo uma nova realidade – de supremacia judaica – dentro dela.
Radicais invadiram Patriarcado esta mesma semana
Na última segunda-feira (6) de manhã, o Patriarcado de Jerusalém teve sua sede atacada por um grupo de cerca de 50 extremistas israelenses. Os radicais romperam o portão e a grade e forçaram a entrada no local, uma capela localizada na colina de São Sião.
Não é a primeira vez que o Patriarcado é alvo desse tipo de ataque.
Os invasores profanaram o interior da igreja e ameaçaram um guarda – segundo o comunicado oficial do Patriarcado – com a frase “sabemos onde você vive e vamos te matar”.
Ele, porém, conseguiu escapar e chamou a polícia, que chegou ao local e reestabeleceu a ordem.
O Patriarcado de Jerusalém condenou o ocorrido, classificando-o como “inaceitável”, e salientou que “vai verificar todas as possibilidades para obter justiça pelos seus direitos e (departamento) pessoal”.
A queixa à polícia foi apresentada pelo Metropolita Isychios de Kapitolias (o Comissário Patriarcal Geral) e pela testemunha ocular do incidente, o Arquimandrita Pe. Matthew. Eles pediram à polícia que os vândalos sejam encontrados e que a segurança da propriedade seja resguardada, sobretudo às vésperas das celebrações do Santo Pentecostes e da Festa do Espírito Santo, que ocorrem nos próximos dias.
Notícias em destaque
Por que o genocídio sionista nunca mais será normalizado
Por Ramzy Baroud* A guerra e o genocídio em andamento em Gaza não têm [...]
LER MATÉRIANa Palestina, resistência é “terrorismo”; na Síria, invasores são “rebeldes”
Por Eduardo Vasco* Uma nova onda de “terrorismo” tem se abatido sobre o [...]
LER MATÉRIAAnistia Internacional pede em relatório que países isolem “israel” por genocídio em Gaza
Em um relatório abrangente publicado pela Anistia Internacional nesta [...]
LER MATÉRIAQuem é o conselheiro libanês de Trump para assuntos árabes e do Oriente Médio?
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, escolheu o sogro de sua filha [...]
LER MATÉRIAConstrutora de assentamentos judaicos ilegais já está no norte de Gaza
Por Younis Tirawi* Em 28 de novembro, o Ministro da Habitação e Construção [...]
LER MATÉRIAFepal pede anular questão em concurso por incitar genocídio contra palestinos
Em ofício enviado à secretária de Educação do Estado do Ceará, Eliana Nunes [...]
LER MATÉRIA