Chanceler palestino tem encontros com direção da FEPAL e com a comunidade palestina em Brasília
03/01/2023Em reunião com diretores da FEPAL na Embaixada da Palestina no Brasil, ministro Riad Al-Malki (centro) ouviu sugestões de ações políticas e sociais para fortalecimento das relações entre os países (Foto: Divulgação FEPAL)
O ministro de Relações Exteriores e dos Expatriados da Palestina, Riad Al-Malki, participou de um encontro, ontem à noite, na Embaixada da Palestina no Brasil, em Brasília/DF, com lideranças da comunidade palestina e árabe, e também com deputados, lideranças políticas e sociais brasileiras.
Antes, também na embaixada, o chanceler esteve em reunião com diretores da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL), dos quais ouviu reivindicações e sugestões a respeito das ações políticas, sociais e comunitárias que, no entendimento da liderança brasileiro-palestina, podem melhorar a compreensão da Questão Palestina no Brasil e facilitar as ações de solidariedade.
O presidente da entidade, Ualid Rabah, entregou ao ministro uma série de documentos e relatórios com informações sobre a realidade brasileira e da comunidade palestina no país, suas ações e planos estratégicos para os próximos anos.
À noite, Al-Malki destacou a importância do movimento diplomático palestino, nas Nações Unidas e nos seus vários organismos, a fim de levar as demandas palestinas aos tribunais internacionais de justiça para que estes condenem a ocupação israelense, bem como para processar e condenar os dirigentes israelenses responsáveis pelos crimes contra o povo palestino.
Para o chanceler palestino, uma parcela da Comunidade Internacional segue apoiando “um regime (o israelense) racista e fascista e protegendo os seus crimes”. Al-Malki avalia que o trabalho diplomático e político desenvolvido pela Palestina tem obtido resultados que superam as pressões de Israel e seus aliados, especialmente EUA e Inglaterra. Ele citou a aprovação, no último sábado (31), pela Assembleia Geral das Nações Unidas, de resolução que pede à Corte Internacional de Justiça (isto é, o tribunal interno da ONU) para julgar sobre a ocupação israelense dos territórios palestinos.
Apesar de todas as pressões, a resolução foi aprovada com 87 votos a favor (unidos em torno da Rússia e China), 26 contra (incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Áustria, Canadá, Alemanha e Itália) e 53 abstenções (incluindo França, Brasil, Dinamarca, Finlândia, Japão, Holanda, Suécia, Suíça e sobretudo Ucrânia).
A resolução, considerada uma grande vitória para a Palestina e derrota para Israel e seus aliados, coloca as seguintes questões, para que sejam respondidas pela corte da ONU:
“(a) Quais são as consequências legais da persistente violação por Israel do direito do povo palestino à autodeterminação, de sua prolongada ocupação, colonização e anexação do território palestino ocupado desde 1967, em particular medidas alterar a composição demográfica, o caráter e o status da Cidade Santa de Jerusalém e a adoção por Israel de leis e medidas discriminatórias relacionadas?
(b) Que impacto as políticas e práticas de Israel mencionadas no parágrafo 18 (a) acima têm sobre o status legal da ocupação e quais são as consequências legais resultantes para todos os Estados e as Nações Unidas?”.
Riad Al-Malki referiu-se às comunidades palestinas em diáspora pelo mundo como integrantes essenciais nos esforços palestinos por reconhecimento internacional, destacando o trabalho desenvolvido pela comunidade brasileiro-palestina. Segundo ele, é preciso estas ao “serviço ao Brasil, e da Palestina, para construir pontes de amizade entre nós, os dois povos, em defesa dos interesses de ambas as partes”.
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