Projeção da Fepal fura o cerco midiático contra a Palestina no Brasil
As raras vezes em que esses veículos abriram um pequeno espaço para a Fepal foram uma exceção à regra do verdadeiro bombardeio propagandístico contra o povo palestino
27/08/2024Presidente da Fepal, Ualid Rabah, denunciou o genocídio em grandes veículos de comunicação, como a Band
Desde o início do novo capítulo do genocídio continuado contra o povo palestino, em 7 de outubro de 2023, a Fepal não poupou esforços para denunciar os crimes da ocupação sionista, o massacre de quase 51 mil palestinos, considerando os 10 mil desaparecidos sob os escombros (oficialmente). Também denuncia fortemente a situação de opressão colonial e racista sofrida pelo povo palestino há 77 anos, desde o período em que surge o enclave colonial de “israel” em substituição do colonialismo britânico, nos 25 anos anteriores.
Graças à intensa atividade da entidade geral brasileiro-palestina, especialmente nas redes sociais, mas também através de debates e palestras em todo o país, com a presença de milhares de pessoas, a Fepal conseguiu furar o bloqueio estabelecido pelos grandes órgãos de comunicação brasileiros à versão palestina dos fatos.
A voz da comunidade brasileiro-palestina foi ouvida pelo público da Folha de S.Paulo, UOL, SBT, CNN Brasil, Bandeirantes, CBN, G1, Poder 360 e incontáveis veículos de grande alcance nacional e regional nos últimos dez meses. É impossível mensurar quantas pessoas e quantas vezes cada pessoa teve acesso a denúncias e contextualizações que, por outro modo, jamais teriam sobre a Palestina, pois esses mesmos veículos costumeiramente reproduzem única e exclusivamente a versão distorcida, senão integralmente falsa, sionista.
Não há ilusões da parte da direção da Fepal ou de sua coordenação de comunicação. As raras vezes em que esses veículos abriram um pequeno espaço para a Fepal foram uma exceção à regra do verdadeiro bombardeio propagandístico contra o povo palestino e sua justa luta pela libertação nacional. Nada de notícia, mas propaganda de guerra para justificar o genocídio em curso contra os palestinos residentes em Gaza. Contudo, de quão relevante se tornou a opinião da Fepal (em representação de todo o povo palestino no Brasil) no debate público sobre o genocídio em curso, as exceções acabaram sendo impostas.
“A postura da Globo, por exemplo, e dos grandes meios de comunicação, em geral, é a de emular a postura da imprensa ocidental de um modo geral”, avalia Marcos Feres, coordenador de comunicação da Fepal. “A imprensa internacional, por sua vez, representa os interesses de seus anunciantes, que, por sua vez, são os interesses da elite política e econômica global – e seu interesse é fabricar um consentimento do genocídio e de todas as ações israelenses na Palestina”, completa. “Eles fazem parte dessa estratégia de legitimação do genocídio, de fabricar um consentimento.”
A Fepal também virou referência e principal autoridade no assunto para os veículos progressistas da imprensa não hegemônica. O presidente da Fepal, Ualid Rabah, participou de programas e entrevistas em canais de Youtube, páginas de redes sociais e sites como Brasil 247, ICL Notícias, Brasil de Fato, Jornal GGN, Sul 21, Diálogos do Sul, DCM, Fórum, A Nova Democracia e muitos outros. O alcance destas participações é difícil de mensurar, mas, seguramente, milhões de brasileiros tiveram contato com a versão palestina dos fatos por meio destas entrevistas e debates.
O 11° Congresso
Diante dessa visibilidade e, obviamente, da continuação do genocídio atual por quase um ano, a Fepal percebeu a necessidade de reorganizar a comunidade palestina a nível nacional e a luta pela libertação da Palestina a partir da diáspora no Brasil.
Por isso, em março deste ano a direção da Fepal decidiu convocar seu 11° congresso, a ser realizado nos dias 20, 21 e 22 de setembro, em São Paulo. A abertura oficial acontecerá no Clube Homs, na Avenida Paulista, no dia 20 à noite, transcorrendo depois, em 21 e 22, no Hotel Panamby, na Barra Funda, as plenárias, grupos de trabalho e eleição da nova direção da entidade na plenária final. O congresso estava previsto para acontecer no ano passado, mas as circunstâncias em que se dá a luta palestina atualmente – de destruição da Faixa de Gaza e ataques em toda Cisjordânia – fizeram com que o congresso fosse adiado duas vezes, de novembro de 2023 para maio de 2024 e agora para o mês que vem.
O lema do congresso simboliza a compreensão da necessidade de organização para combater a opressão histórica do povo palestino – que o levou a buscar a sobrevivência nos quatro cantos do mundo. “Genocídio e apartheid: o papel da diáspora palestino-brasileira na libertação da Palestina” expressa o caráter do 11° congresso, entendido pela direção da FEPAL como o mais importante e desafiador de sua história de 45 anos.
O Congresso será uma grande oportunidade de levantar ainda mais alto a voz e as denúncias da comunidade palestina contra o genocídio, do qual os grandes meios de comunicação do Brasil são cúmplices.
Serviço
Quando? 20, 21 e 22 de setembro
Onde? Dia 20: Clube Homs; dias 21 e 22: Hotel Panamby (São Paulo)
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