Câmara de Campo Grande aprova moção de apoio à comunidade palestina

Vereadores denunciaram o genocídio praticado por "israel" e deram aula a sionista

26/03/2025

O vereador Jean Ferreira fez uma corajosa fala em defesa da luta do povo palestino na Câmara Municipal de Campo Grande. (Foto: Reprodução)

Por ampla maioria, a Câmara Municipal de Campo Grande aprovou, na terça-feira (25), uma moção de apoio à comunidade palestina da capital sul-mato-grossense. A iniciativa foi apresentada pelo vereador Jean Ferreira (PT) e contou com a assinatura do vereador Dr. Jamal (MDB), que tem origem palestina.

A moção foi lida em plenário pelo vereador petista, que iniciou seu discurso mencionando a intensificação dos bombardeios “israelenses” contra a Faixa de Gaza, em violação ao cessar-fogo anteriormente estabelecido. O parlamentar lamentou a morte de um adolescente brasileiro-palestino de 17 anos, Walid Ahmed, sequestrado e assassinado dentro das masmorras sionistas. Também denunciou o sequestro do diretor Hamdam Ballal, responsável pelo documentário “No Other Land”, vencedor do Oscar de Melhor Documentário em 2024.

“Neste final de semana, um jovem brasileiro de 17 anos foi morto pela polícia israelense e ontem o diretor vencedor do Oscar de Melhor Documentário pelo filme ‘No other land’ foi linchado pelos colonos ilegais e sequestrado por soldados de ‘israel'”, disse Jean em seu pronunciamento. “É imperativo lembrar que esta guerra tem vitimado, em sua maioria, mulheres e crianças, que representam quase 70% dos mortos no conflito.”

Jean Ferreira ressaltou a importância da comunidade árabe para o desenvolvimento de Campo Grande e destacou a trajetória do vereador Dr. Jamal Mohamed Salem, cuja família tem raízes palestinas. O petista também dirigiu palavras de reconhecimento aos vereadores Marquinhos Trad e Otávio Trad, descendentes de libaneses – país que também sofre as consequências da guerra genocida de “israel”.

Denúncia do genocídio

A moção foi aprovada por quase unanimidade, com um único voto contrário do vereador Rafael Tavares (PL). Ao justificar sua posição, Tavares afirmou que o documento era “injusto com ‘israel'” e minimizou a carnificina e os crimes de guerra sionistas.

Diante da declaração de Tavares, o vereador Dr. Jamal tomou a palavra para reforçar a necessidade da moção e esclarecer os aspectos históricos do genocídio.

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O emedebista fez uma explanação detalhada sobre a ocupação da Palestina, que já dura mais de 70 anos, e criticou a recusa sistemática de sucessivos governos “israelenses” em aceitar um acordo de paz que garantisse a criação de um Estado palestino. “O Tribunal de Haia já condenou as lideranças de ‘israel’, porque o que elas estão fazendo é um genocídio”, disse o Dr. Jamal.

O vereador ainda denunciou a demonização contra a luta do povo palestino e suas organizações, citando o exemplo de uma delas. “O Hamas é um movimento de libertação, não um movimento de terroristas, porque estão lutando pelos seus direitos que o mundo não deu, e não há outra maneira.” Ele ainda mencionou os números do genocídio: “só são 50.000 mortos na Faixa de Gaza, sendo 20.000 crianças e mais de 15.000 mulheres.” E concluiu denunciando os verdadeiros responsáveis pelo banho de sangue no Oriente Médio: “infelizmente, hoje a justiça está nas mãos de Estados Unidos e ‘israel’: o que eles determinam é feito.”

Veja aqui o vídeo com as declarações dos vereadores.

Apoio popular e reconhecimento da comunidade árabe

A sessão foi acompanhada por representantes da comunidade palestina e árabe de Campo Grande, que se manifestaram a favor da moção. Durante a fala de Dr. Jamal, o público presente aplaudiu diversas vezes, demonstrando apoio à iniciativa.

O reconhecimento do papel da comunidade árabe no desenvolvimento da cidade foi um dos pontos centrais da moção. O vereador Jean Ferreira destacou que Campo Grande abriga uma população significativa de descendentes de árabes, muitos dos quais atuam no comércio e em diversas áreas profissionais. Para ele, apoiar a Palestina significa também valorizar os imigrantes e suas contribuições para o município.

A aprovação da moção reflete a preocupação de importantes setores da sociedade sul-mato-grossense com as sistemáticas violações de direitos humanos na Palestina por “israel” e a necessidade de pressionar pelo fim do genocídio. A moção de apoio à comunidade palestina foi aprovada de forma expressiva, evidenciando um posicionamento solidário por parte da maioria dos parlamentares de Campo Grande.

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