Jogo entre Internacional e Palestino

08/04/2019

Em virtude de preocupações quanto à participação da comunidade palestino-brasileira do Rio Grande do Sul no jogo entre Internacional e Palestino, pela Copa Libertadores, nesta terça-feira (9), lançadas por um grupo denominado Organização Sionista do Rio Grande do Sul, a FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil esclarece que:

  1. 1. O jogo será um momento de confraternização entre as torcidas, inclusive porque a maior parte da comunidade palestino-brasileira que ocupará os lugares destinados à torcida do Palestino é, também, torcedora do Internacional;
  2. 2. Esta FEPAL buscou, tanto junto ao Internacional e sua diretoria como junto às suas torcidas organizadas, promover uma grande festa, que só o esporte é capaz de proporcionar, independentemente do resultado do jogo;
  3. 3. No que toca ao uniforme do Palestino, ele obedece às regras da Conmebol e às da Federação de Futebol do Chile;
  4. 4. Quanto ao mapa aludido, é de se ressaltar, para que se faça justiça frente à história, que ele foi adotado pelo Palestino nos anos 1930, quando de sua fundação, isto é, antes da resolução de partilha adotada pela ONU, razão pela qual é apenas parte da simbologia histórica do clube, jamais merecendo a politização por alguns buscada;
  5. 5. Ainda quanto ao mapa da Palestina histórica – que é anterior à resolução 181 da ONU, que recomendou sua partilha –, é importante frisar que é o Estado da Palestina que até hoje não foi implementado na prática, e que não é reconhecido por Israel, algo que a ONU faz desde 2012 e é acompanhada por 140 países (o Brasil desde 2010, outros desde muito antes e alguns após esta manifestação da ONU);
  6. 6. A comunidade palestino-brasileira dispensa todas as manifestações de extremismo e ódio e todas as formas de racismo, supremacismo, apartheid e de intolerância, especialmente a religiosa, e o tem provado no Brasil por meio de suas atividades políticas, culturais e comunitárias, atitude idêntica às dos que apoiam a justa causa da Palestina;
  7. 7. Acreditamos num processo de diálogo entre os povos e nações que conduza à paz, à harmonia, à justiça e à realização dos justos anseios nacionais, dente eles o da Palestina, que merece ser um Estado soberano, que exista junto dos demais em paz e segurança, numa região que também seja segura para todos os povos, o israelense dentre eles; e
  8. 8. Por fim, renovamos nosso mais profundo respeito a todas as confissões religiosas, a judaica incluída, rogando para que estas jamais sejam confundidas com as opções políticas ou ideológicas que parte de seus membros ou dos que as representem, sejam instituições ou estados, adotem.


ELAYYAN TAHER ALADDIN

Presidente da FEPAL

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