Em dia de encontros em Brasília, presidente da FEPAL reúne-se com ministro e membros da equipe de transição
09/12/2022Ualid Rabah entregou ao deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), integrante do grupo técnico de Relações Exteriores do Gabinete de Transição de governo, documento com considerações sobre as relações entre Brasil e Palestina
O presidente da FEPAL, Ualid Rabah, aproveitou a ida a Brasília, onde participou de Audiência Pública na última quarta-feira (7), para realizar uma série de visitas a parlamentares e outros líderes políticos.
Ontem pela manhã, ele esteve com o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), integrante do grupo técnico de Relações Exteriores do Gabinete de Transição de governo, coordenado pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.
No encontro, Rabah entregou ao deputado um documento da FEPAL (leia) com considerações e sugestões a respeito das relações entre Brasil e Palestina – entre elas, estão um pedido de ratificação presidencial dos quatro acordos de cooperação entre os dois países, já aprovados pelo Congresso Nacional, e um pedido para que o Brasil considere as preocupações da Comunidade Internacional sobre as políticas de apartheid promovidas por Israel.
Um documento semelhante já havia sido entregue ao então candidato Lula, em junho, em Porto Alegre.
Em seguida, o presidente da Federação Palestina encontrou-se com o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), também membro da equipe de transição de Lula. O parlamentar gaúcho é um forte interlocutor da FEPAL no Rio Grande do Sul e em Brasília, e um defensor de longa data da causa palestina.
À tarde, Rabah participou de reunião com o atual ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira. Servidor público de carreira do INSS há 38 anos, Oliveira tem origens palestinas.
Em todos os encontros, o presidente da FEPAL manifestou sua preocupação também com os acordos de cooperação militar entre Brasil e Israel, que sofreram oposição, mas foram recentemente aprovados pelo Congresso Nacional.
“Estes acordos”, esclarece Rabah, “implicam no financiamento direto da máquina de guerra israelense que ocupa a Palestina e garante o regime de apartheid”. “Mais ainda: fazem com que o Brasil se associe a uma indústria que testa suas armas sobre a população palestina, para depois vendê-las ao mundo”, completa.
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